Thursday, September 19, 2013

dessa intimidade

Ontem falei de você
daquela primeira vez que você chegou onde queria
da vez da banheira, que você fez xixi den'd'água
e ria enquanto eu te comia
falei da tua vontade de fazer
falei do que você fazia
e falei da tua espontaneidade.
e da saudade da intimidade.

Wednesday, December 28, 2011

Solitário no quarto vermelho

Esperando a grande invasão

Eu queimando a imagem no espelho

Ela não

Minha voz só entoa o seu nome

Meus quadris roçam a solidão

Só Deus sabe da fome de um homem

Ela não

Seu sorriso rasga a paisagem

Seu contorno assassina a razão

Estou pronto pra ver-me perdido

Ela não

O amor que procuro no quarto

No vermelho profundo e sem fim

Eu encontro no seu rebolado

E ela em mim

balada do amor inevitável

você vem

sou todo feito de amor
teu olhar é uma flor inesquecível
solitária e colorida no alto de uma montanha que só eu
você vem,
vem
você nem vê
que quanto mais tempo eu tenho sem você
mais meu corpo precisa te ter
mais tuas coxas preciso ver
mais teus seios preciso lamber
mais tua boca é preciso morder

teu riso pela minha vida é o sol que me abraça por de trás do horizonte
é o calor do teu hálito que me desperta
suave e lascivo
ensaiando o balé do beijo
mais quente que o raio-de-sol

meu quadril canta no seu rebolado
sua voz pinta meu corpo com a cor da manhã

se um dia, tiver eu que ir-me dessa vida
que seja sua mão a que me leva
pois que da tua presença a vida se faz viva
e à tua presença, a morte é desavença

teus cabelos me cobrindo as palavras
fazem do meu membro vivo seu joguete
pra que o resumo do meu corpo
pulse intenso e mate sua sede

não posso me queixar, não me queixo
da falta que teu lastro estende
sobre o piso do meu dia
adia o dia dum total deleite
que só o nó do abraço do teu corpo
ensina ao tato desacostumado

de sombra me alimento doce
salgado riso iluminado

não posso, ó pai, pedir-te luz decente
se a sombra aguarda sedutora
no som infindo do sorriso
que chega daqui a pouco, agora

tem choque no teu corpo de sonho ainda mais fantasioso na sobriedade
destende o olhar na tua púbis, no teu cheiro entendo o torpor que arde

não posso, ó pai, pedir-te "explode"
se a graça da nossa ousadia
se extende tão misteriosa
no atrito da sinestesia

você vem, já entendi
e meu corpo também
já se prepara
pois sabemos eu e ele que tu e teu vêm em conflito com a terra,
com o pulso que dos pés separa

mas é mesmo tudo alegria
que a lança da distância e da tara
nos alcança banhada de saudade,
da verdade que se nos depara

a verdade de que nos completamos
e por isso nosso beijo estala
nosso encontro é em si toda a existência
o universo não é mais que a sala

de amor se tece minha pele
do amor que todo o mal impele
o amor em que a malícia ferve
o amor ao qual minha vida serve

é meu amor teu esse gigolô
das milhares de servas do próprio amor
que se formam nos traços dos meus cílios
que se pintam com os tons da tua cor

Jonas Sá

Saturday, March 05, 2011

Tipo Neon

a madrugada rodava chutada pela brisa
e maria não sabia o que fazia
queria queria queria
querida, dizia

lotação de homens e olhos ocultos
ternos enxutos, gravatas caras
descia, fechava, abria
Jesus se sentia

a música desilizava e não parava
e varava a madrugada drogada
dançava, roçava, rodava
em nada pensava

na rua já era dia e maria se despia
sua roupa caia, sua pele ascendia
seus olhos, seus olhos, seus olhos
e a dança acabava

Friday, August 13, 2010

hoje teve uma tempestade de estrelas
num céu todo feito de tinta preta
eram fotos de uma longa viagem
nos rastros dourados azulados
que se fizeram dos passos
do viajante cometa

e somente nos teus braços
no calor do teu afago
poderia eu ter notado
o céu todo fantasiado
de luz, de nuvem, de cor
o desfile de poeira cósmica
caindo nos nossos olhos
cansados, arfando do amor

na distância, eu contigo
o sonho, fiel amigo
lugar de nos encontrarmos
no meio de estarmos perdidos

e eu penso naquelas estrelas
pousando devagarinho
pintando os nossos olhos nus
de ouro, com sardas de luz
colando na pele suada
mamilos da cor do vinho
carinho e preguiça danada
esquenta como o soninho

Thursday, July 29, 2010

SEXY SAVANNAH (CIZETA MORODER)

I never think ‘bout her
With a gun on her hands
The fire she used to fire
Burned only our pants

She had sunshine hair
She had Chantilly boobs
She had dance on her legs
She had lips of booze

Sexy Savannah
Taught me to love
Sexy Savannah
Taught me to love

If I could travel in time
On the road we should met
I would always drive
Keep her guns from her

She had shadowed thoughts
She had hard times eyes
Her dreams were trapped in a vault
Her heart destroyed by lies

But still
She was mine
She was my

Sexy Savannah
Who taught me to love
Sexy Savannah
Who treated me so fine
Sexy Savannah
So desperate for love
My Sexy Savannah
Committed suicide

Friday, July 16, 2010

JE SPERE ADÈLE
(com rô e stephane)

Je spere Adèle,
Que tu’n touchera personne
Et quand tu reve d’un home
Que ce soit moi chaque foi (foi foi foi)

Que je serai le prochain
Et le dernier en toi

Toujours en toi

Je spere Adèle
Que je garderai en moi
Les aromes y santeur
De tous nos ébats (bats bats bats)

Le rouge vif de mon corps
Grandit au Coeur de tes poils

La marque de mes dents
A la surface de l’amour

Pour toujours

Je spere ma belle,
Que tu n’ te laissera pas
Tirer la crinère
Et qu’a d’autre sève ne guterra (pas pas pas)

Que le clefs de tu sieptmiène ciel
Seront a moi à jamais,

Adèle...

Thursday, June 24, 2010

Tua Cor

Minha paixão
Fica rodando
Num LP
Só de você

Os meus carinhos tocam
Essa canção
Na pele de leão

Sempre à voltar
Pra sua mão

A tua cor
Domina o quarto
Ouro e azuis
Alaranjados

Lábios suaves beijam
A escuridão
Acesa do tesão

Bem devagar
Sopro no mar
Pêlos que querem flutuar
Saltam pro ar






-pra geri-